e lá vai o medo

Exatamente no meio. Bem no cerne, rodeado por um fluxo constante porém sem equilíbrio de acontecimentos. Várias questões novas e velhas se chocam trazendo verdades que foram há tanto procuradas - mas ainda assim as perguntas ficam com respostas ambíguas e tortas. Tudo começa a se misturar, enquanto a idéia de um novo ano finalmente é atenuada com o aporte de novas pessoas, novos gostos, novos lugares e novas metas. As férias fazem da rotina tão bem trabalhada e treinada - até o cansaço - ser dissecada pela liberdade confusa do tempo livre (finalmente, tempo livre!). Está muito quente para profundas reflexões, a única saída razoável parece ser se refrescar no mar. Os verões definitivamente não são minha estação favorita (na verdade, sou um amante do frio), porém há algo inegável que permeia essa época do ano: o verão é um tempo liberal onde comumente passamos mais tempo na rua e temos mais tempo livre, até chegar as amorfas e desinteressantes aulas do ensino médio desafiando nosso senso comum. O verão é típico de uma positiva promiscuidade (não exatamente no sentido sexual), e somos tomados imperceptivelmente por esse festival caótico.
Parece asfixiante esse fluxo inacabável de mudanças, mas na verdade ele, na medida certa, é necessário e deixa uma boa premissa para o resto de outro incerto ano, onde começarei, com força, a ser encaminhado para a vida adulta. Estou ansioso para descobrir o que o resto dessas férias reservam. A volta as aulas se aproximam com velocidade de leopardo e não há como colocar um freio nisso, só como cuidar para não perder um segundo sequer. E estou tomando o máximo de cuidado para isso.

Citação: Doves - There Goes the Fear

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