passeio pelo escuro

É definitivamente estranho se sentir dessa maneira. Nada novo, apenas intensificado. Mas, de qualquer forma, de um modo estranho. Pode ser novo no aspecto de intensidade e razão - pois não existe uma aparente. E, mesmo não existindo motivos concretos, essa confluência de sentimentos está insistindo em se manter - se prolonga e se estende, e cada vez vai perdendo ainda mais o seu sentido. Ainda assim, está se fixando como algo cômodo, quase como se eu estivesse com muita preguiça de me levantar de uma cama extremamente confortável e aconchegante. Não que há algo de confortável na situação, aconchegante muito menos. A bipolaridade (que foi por bom tempo convenção de meu estado de espírito), por exemplo, foi substituída por uma continuidade.
Mas, no total, não anda sendo tão negativa, ao menos do meu ponto de vista - que anda torto, embriagado. Há alguma razão, algum prazer oculto, poderia chamar de masoquismo - e isso expõe umas verdades inconvenientes sobre minha natureza (e com grande probabilidade não apenas minha) que aprofundam de tal condição. E isso permite um maior, melhor (e mais perigoso) auto-conhecimento. As observações do cotidiano se tornaram um pouco mais amargas, envoltas por uma camada de irritação e pessimismo. É, não existe muito de positivo nisso. Mas permite umas interessantes análises de nossos mecanismos de defesa ou reações extremadas que tomamos. Devo dizer que tomo maior conhecimento e vejo os outros com mais clareza - menos admiração. E isso é definitivamente um problema, pois temos que crer em um mundo mais fantasioso e menos real; nos deixar levar pelo otimismo que em nada domina porém cria essa imagem idealizada que nunca iremos conquistar. É o problema de pensar demais, de refletir demais; é inerente ao dito racional ser humano, é um risco que corremos pela complexidade de nossas mentes. Temos que acreditar que não somos em nada sozinhos e que somos destinados a outras pessoas; qualquer sonho estúpido que nos enfiam diariamente goela abaixo. Não vou dizer que não é verdade, vai ver que pra maioria é verdade mesmo e é em nada estúpido, e estou errado no diagnóstico de solidão? Pra mim, não é, não deposito o menor resquício de fé e, quando coloquei, o resultado não foi positivo.
No fim, nem posso atribuir uma única palavra a esse estado, não posso dizer que é tristeza, ou falta de alguém, ou estresse... não consigo achar algo para culpar, e é talvez essa a causa do prolongamento. Não há como achar um problema para solucionar com especificidade. Ou uma razão para sanar esse desânimo.

apenas um truque de luz

I shake my head and shiver
they smile, and then stab my back as they shake my hands
send out a SOS plea; come quickly, I'm marooned in monkeyland

is there anyone there? who understands me... anyone at all.

I'm idly looking at the sky; did anybody hear me sigh?
a million stars are a moving sight;
to all of you there, reading this night...
it's just a trick of the light

I have to know what is real and what is illusion;
and how does it feel beyond this confusion...
is there anyone there?

do I dismiss this with a sigh; suppose I must from time to time
and let the answers pass me by, to questions set to bend the mind
is my creator a God or a man?
does someone somewhere care or understand?
it's just a trick of the light

life's an optical illusion...
like other optical illusions...
beware if there's anyone there

The Chameleons - Monkeyland

o natural não está presente

Perdemos qualquer traço autêntico. É tudo sobre não estar sozinho, sobre ganhar, o que vale a pena tem propósito duvidoso. A esperança é meio reduzida, ao redor é tudo feito com um conluio meio triste entre poder e valor - ou é só ignorância mesmo. A observação anda se apresentando tão inútil por aí; se não há valor envolvido não há porque parar. É outra camada superficial protegendo um núcleo oco e ideais andam em rápida extinção.

"Aqui estamos, na margem da civilização ocidental,
enquanto continuamos a nos apoiar uns nos outros
e foder nosso caminho em direção aos últimos dias,
só porque estamos tão desesperados para sentir algo..."
Mia Cross, Californication
Citação: Gang of Four - Natural's Not In It

caminhando no vácuo

Suponho que todos passem por esses momentos, essas fases meio extensas de melancolia. Mas acredito que elas administram de modos diferentes. Algumas escolhem se distrair com outras pessoas, ou com substâncias químicas, ou apenas evitam pensar no assunto - até porque a maioria das pessoas se recusa a pensar muito em qualquer coisa, acho. Outras ficam se remoendo até quando o problema é pequeno, e por tanta insistência transformam qualquer momento triste que seja em um dramalhão. Aí tem aquelas que não escolhem nada, apenas seguem. Seguem no nada, seguem com falta de estímulo, com pouca pulsação, com baixa produtividade, seguem basicamente numa rotina inanimada e incolor. A vontade de retornar a antigos lapsos de estima é grande, mas não há muito para ser feito, ao menos nessa percepção. O ceticismo aumenta com rapidez; tudo parece meio forçado, falso ou sem sentido. As pessoas, principalmente. Os atos que realizam, as palavras que saem de suas bocas, suas ações e reações. O tempo não rende muito, e ele passa rápido mas tão pouco parece ter acontecido que sua noção fica meio distorcida - meio como tempo perdido. Nem a expectativa anima muito, até porque não há muito por se esperar, não no curto prazo.
Enquanto esse nada (ou seja lá como posso chamar esse estado de espírito) se perpetua na rotina e se torna um pouco mais chato a cada dia, tenho uma vontade que infelizmente não poderá se concretizar por algum tempo. Queria um lugar muito distante. Ninguém lá, apenas um frio cortante, o barulho do vento atacando árvores, alguns livros, álcool, música. Não que eu esteja odiando todos e todas, mas é só uma vontade que venho tendo por um bom tempo já. Eu gosto de ficar sozinho, já falei isso inúmeras vezes aqui. Como não venho tendo sucesso em administrar internamente os outros, prefiro me isolar. É até melhor, ando sorrindo mais sozinho do que em companhia dos outros - e não por culpa deles, e estritamente minha. Tenho plena consciência disso.

travessia de outono

Estava lendo o que venho escrevendo nessas últimas semanas. E também o que escrevi, ano passado, no ano anterior. O que sentia. O que ando sentindo. É inevitável traçar paralelos entre o amadurecimento e essas mudanças repentinas de humor, tão repentinas que andam se tornando cansativas. Ando sem muito estímulo, desanimado, escapando de situações sociais pelo esforço que tenho que fazer - convenhamos que é muito mais fácil se isolar. Essa semana, porém, marcou uma diferença das anteriores; alguma mudança está chegando. Vai ver é alegria pelo frio que finalmente chegou com alguma força, ou estou ocupando minha mente com leituras agradáveis, ou ando em companhias agradáveis. Parei de me auto-indagar tanto e estou me sentindo mais relaxado.
Achei estímulo em que geralmente acho estímulo; em caminhadas acompanhado apenas de música, em uma boa leitura, em um copo amargo de café preto, em uma manhã cinzenta, em observar meu cachorro quase dormindo em um degrau das escadas. Não que em algum momento isso não tenha me agradado, mas aos poucos estou voltando a parar mais para tais observações, deixando de tantas preocupações mesmo quando nem sei (porque nem tenho) com o que me preocupar. Devo dizer que alguém ao meu lado faz falta, ainda mais quando nunca fiquei sem em mais de três anos. E faz imensa falta - provoca até certos sintomas abstêmios. Porém, olhando do outro lado do prisma, de algum modo isso vem corrigindo todas aquelas linhas de relacionamentos paralelos que se misturavam e se confundiam. Não que eu me incomodasse tanto assim com elas, mas... é, nunca mantive tanta fé nas pessoas assim para depender delas, de qualquer maneira. Para ser mais sincero, gostava delas, profundamente. Assim como gostava das pessoas com quais criava tais laços.
Não quero esperar mais por algo, porque no fim acabo criando expectativas fora de contexto. Quero me focar no que deveria estar me focando nesse ponto, mesmo não conseguindo como idealizo. Me sinto bem e com uma vontade de sair de casa, mas não para me entregar ao movimento desenfreado, e sim para observar, para conversar, conhecer. Para mudar mais uma vez.


"Que quantidade infinita de energia desperdiçamos a nos proteger contra crises que raramente chegam: uma força capaz de mover montanhas; e no entanto talvez seja justamente esse desperdício, essa espera tortuosa por coisas que nunca acontecem, que prepara o caminho e nos permite aceitar com sinistra serenidade a besta que finalmente conseguimos ver" - Truman Capote, Travessia de Verão

concedo aplausos

Na última quinta-feira (05/05), após alguns minutos em frente à televisão, não pude evitar um sentimento de orgulho misturado com outro de ânimo, ao ouvir os discursos que, um após outro, relatavam verdades que pareciam que nunca iriam ser expostas em nosso país. Era a TV Justiça, e o direito de casais do mesmo sexo à união estável na lei estava sendo julgada - e unanimemente foi concedida. A decisão foi acompanhada por uma polarização gigante de opiniões - e não só entre os afetados pela nova lei quanto por religiosos e extremistas cruéis e ignorantes. Sem dúvida, ela representou um avanço social pela busca individual a felicidade e uma consolidação de um estado laico sem religião oficial. Como relataram, não há espaço para interpretações religiosas dentro de nosso Estado de Direito - e levar tal em conta é ferir direitos individuais.
Mas os instantes de felicidade sucederam outros de espanto, ao ler os comentários em torno da decisão. De alienados citando passagens bíblicas aos que sentem saudades da repressão militar e referenciam como tal decisão afeta a estrutura nuclear da família - ao mesmo tempo que garante direitos a um tipo diferente de família constituído e já existente em grande número dentro de nossos territórios. É triste - perceber que uma decisão a nível superior não altera a mentalidade limitada de tantos por aí. Não que eu esperasse algo diferente. No fim, é uma questão de respeito mesmo, que se adquire com educação. E, num país onde de cada 4 apenas 1 é plenamente letrada, não é exatamente uma surpresa. Grande parte de nosso país também é afiliado com alguma igreja cristã - o que pode ou não refletir algumas de suas opiniões em relação ao tema. Podem ser contra. Podem ser a vontade. E o Supremo Tribunal Federal não tirou o direito de ninguém a ir em suas igrejas, de seguir suas doutrinas. O que isso tem a ver com a vida dos outros e porque isso tem que ferir a democracia?
Para quem orienta sua atração para outros do mesmo sexo, o ambiente continua hostil - mas agora, os direitos são parte integrante do Estado, que, por tal decisão, decide como ilegítima a decisão de quem podemos ou não constituir uma família. Não vejo problemas nesse debate, o problema é que o lado que é contra o reconhecimento de tais direitos não tem nenhum argumento sólido, nenhum, que sustente sua opinião. Ao menos eu nunca tomei conhecimento - nem há motivos para estarem certos. Até porque, como teriam? Não fere ninguém, apenas equipara direitos a uma parcela da população já castigada há tempos com diversos tipos de preconceitos. Não é a defesa de nenhum estilo de vida, de nenhuma orientação sexual, de nenhuma vertente ideológica, é apenas a defesa a justiça. E parabéns ao tribunal, garantindo uma vitória para toda a sociedade - sem nenhuma exceção.

everyone else rushing round

Ainda não amanheceu. Os termômetros da beira-mar marcam 9ºC e o movimento de carros é mínimo, quase como se a avenida estivesse em seu repouso obrigatório antes de agüentar outro dia e noite com intenso tráfego de veículos sobre seu asfalto castigado. A calçada está quase vazia, há um mendigo em um dos bancos e alguns locais já estão fazendo sua caminhada diária. A baía está lisa e o céu limpo; a escuridão da noite já está cedendo aos primeiros raios de sol. O rádio do carro está particularmente agradável, tocando um repertório repleto de bossa nova, condizente com esse cenário de fim de madrugada. Recém acordado, ainda sinto meus olhos pesados e anseio por um copo de café. Um cheiro característico infla o carro quando abro um pouco a janela, misturado com o vento gelado que bate de leve. Era realmente algo que me agradava, aquele frio, a vista da beira-mar. É estranho observar esses lugares que comumente estão sempre apinhados quando vazios. Silenciosos.
Ao sair do carro, aquele cheiro e vento característicos da baía, agora um pouco acentuados. As pontes se erguem em meus dois lados, com a que simboliza a cidade já com as luzes apagadas. Antes de começar o treino, dois copos de café e uma corrida pela cabeceira da ponte, duas vezes, ida e volta. Os pescadores já ali estão arrumando seus equipamentos, concentrados, passamos despercebidos por eles. Os outros meninos aparentam sono, como eu, mas dividem algumas piadas enquanto reparo no grafite que preenche quase inteiramente as laterais dali. Na última volta, apostamos uma corrida - terceiro lugar, não tão ruim. Chegamos, finalmente, hora de ir pra água. Vamos em quatro, enquanto o treinador está me alertando para que use mais a academia do clube - não é exatamente minha parte preferida de lá. Primeiro pé na água - terrivelmente gelada, e o lodo em nada ajuda, ou o aroma. Vou sozinho, enquanto os outros irão em dois e mais outros dois sozinhos também. O single skiff amarelo está em boas condições, mas não os remos... não que fosse de tamanha importância também. Sento no barco, ajusto o carrinho e os remos. Tudo pronto - ah, com um aviso extra do treinador para não irmos em direção sul porque se não acabaríamos surfando. Passo por baixo da ponte, chego na beira-mar com sua cortina de prédios, que logo estariam refletindo a luz do sol. A água está realmente excelente - quase nenhuma ondulação. Os remos fluem por ela com facilidade, o skiff sem o menor problema. Mesmo sem fones de ouvido, uma música está ecoando na minha cabeça, quase como uma trilha sonora para aquilo. O céu está tingido parte por um rosa, parte por um azul quase escuro. Acelero um pouco, já que fiquei atrás por conta de tanta observação. Não é difícil aumentar a velocidade dado a tranqüilidade das águas. Já há muito mais carros nas ruas, muito mais pessoas caminhando. Poderia fazer aquilo durante toda a manhã, mas ainda tenho aula. Depois de meia hora, paro e observo por um momento. Os barcos, as gaivotas, pra que tanta pressa quando isso implica tão pouca observação?
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Mesmo não praticando a quase dois anos, pretendo voltar ainda ao remo, e estou morrendo de saudades de toda essa rotina.

Citação: Nada Surf - Blonde on Blonde

soul in isolation

Cansei de me enterrar na melancolia rotineira que insisto em seguir… Pode ser apenas por influencia alcóolica, porque, bom, sempre acabo seguindo essa rotina, mas me sinto bem. Olhando pro céu em outro dia bonito e sentindo esse vento frio de outono bater, estou me sentindo bem. Não preciso tanto assim de pessoas, afinal. Nunca fui tão ligado a elas – sempre me irrito com qualquer coisa pequena que elas eventualmente fazem. Vai ver não sou feito para isso, quer dizer, feito para a porra do lado social. De ficar agradando a todo momento, de ficar sempre disponível, de sempre estar perto. Refletindo em prospectiva aos relacionamentos passados, concluo que não. Que os termino por qualquer coisa idiota que me venha acontecer. Mas não posso evitar me sentir solitário – no sentido negativo – durante meus dias. Não posso evitar em sonhar com algo bonito e duradouro, seja por influencia dessa cultura bizarra que nos comanda ou por puro instinto humano. Ainda assim, somos animais com instinto animal, então vai ver é pura falta do físico que estou sentindo… mas, seja por sentir falta de algum corpo junto ao meu, ou por falta de momentos agradáveis no sofá com alguém que realmente me importa, ou por falta de alguém que sane temporariamente essa carencia, alguém que preencha essas lacunas emocionais que insistem em se instalar… Ah sim, as lacunas emocionais. Ah sim, a melancolia, o quase prazer em estar sozinho e em me auto inflingir terapias erradas. Acho a escrita a melhor terapia, junto com o álcool e a nicotina. Mas quem sabe esteja seguindo pelo rumo errado, quem sabe. E quem sabe no fim somos solitários mesmo e isso é confirmado com o tempo e suas amarguras. Talvez não. Quem sabe é inerente ao ser humano esses sentimentos bipolares e absurdos, quem sabe esteja sofrendo de algum transtorno. Quem sabe tudo é realmente tão bonito e cheio de possibilidades, quem sabe é excesso de otimismo adolescente. Ou depressão adolescente, mais uma reação química natural do vai e vem de hormonios. Não sei. Vai ver a vontade de descobrir isso me dê uma motivação que tanto preciso, uma urgência, e é isso que estou procurando em alguém – vai ver nem é necessário esse alguém, só a esperança de achar. Quem sabe no fundo eu vá percebendo que vai ser difícil achar alguém assim, mesmo já tendo achado alguns que preencheram com verocidade, vai ver deixei passar, vai ver foi consequencia natural de que ainda precisam passar mais e mais pessoas por aqui.
Me sinto vazio, além de me sentir sozinho – quem sabe um é relacionado ao outro, quem sabe, certo? É estranho pensar nisso nesse momento. Vai ver penso demais, penso mais que outros de minha idade, quem sabe deveria ser mais estúpido e menos refletivo para minha idade e fase. Quem sabe deveria estar me focando nos estudos – quase certo que sim. Quem sabe eu esteja aproveitando com boa intensidade, quem sabe pouco ou muito intenso. Falta organização, para alguém tão organizado. Outro não sei, mais hesitante. Até porque, sou hesitante – mas ainda tenho uma boa possibilidade de me entregar verdadeiramente. Vai ver falta uma praia e um pensamento mais concreto. Não sei bem o que busco. Aí vai o ultimo não sei dessa reflexão confusa e estranha. Provavelmente – olha, a primeira menção a probabilidade! – ninguém vai entender isso, porque é pessoal ao extremo, e está sendo tão espontâneo e livre de qualquer censura ou edição… existe uma boa chance de estar cheio de erros língusticos, mas isso nem chega a ser uma preocupação minha. Nem estou procurando, na verdade – vai ver é o problema.
Quem sabe são apenas divagações tolas de alguém depois de uma garrafa de vinho.

Citação: The Chameleons - Soul in Isolation

just a lonely unstable boy

O celular não tocava há muito tempo e aos poucos ia perdendo sua função. As músicas depressivas que ouvia não o deixavam mal por causa da recorrente lembrança de alguém específico, e mais porque não havia ninguém específico para ser lembrado. Não via mais muitos motivos para fazer qualquer coisa. Mesmo que aparentemente estivesse bem, seus ataques bipolares do nada o afastavam de todos ao seu redor porque ficava irritado com eles, suas vozes, ações. E no fim é melhor se afastar e evitar conflitos do que deixar todos irritados, não é... o problema era que, toda vez que saia em passos rápidos para escapar de todos e sentava, pensativo, com a música, perpetuava um isolamento que no fim nem lhe faria bem.
E cada vez que esse sentimento se repetia, mais chato ele era, mais insuportável tudo ficava... e a falta de alguém perto dele, ou mesmo um forte sentimento, piorava ainda mais a situação.

Citação: Jay Brannan - Unstable Boy