half awake in a fake empire

Diariamente somos postos frente a frente (e testados) com pressões quanto à prosperidade, aparência, higiene, sentimentos e tudo que possa transparecer ao resto da humanidade. Essa pressão é tanto indireta quanto direta, e, possa dizer você o que quiser, sempre acabamos sucumbindo a ela. Não é preciso alguém falar diretamente, a exposição nos leva a paranóia. É normal e, mais verdade, natural do ser tentar se adequar a sociedade ao seu redor e ser consequentemente aceito pela mesma. Isso nos leva a colocar em nós mesmos diversas máscaras internas que variam do gosto musical a atração física por outra pessoa. Somos postos contra a parede numa base diária e, mesmo sem perceber, dilatamos nossas próprias verdades para dar vazão a tal pressão.
Me parece inconcebível se esconder em certos assuntos, mas é perfeitamente entendível - depois de se entender que tal julgamento é incrustado em cada um de nós. É interessante notar quais caminhos tal comportamento pode levar, e se deixar levar muito pela questão do externo e do que alguém pode eventualmente vir a criticar você te torna uma pessoa infeliz - fingindo que é feliz. O pior é quando você não só se esconde para o resto do mundo, mas se esconde para si mesmo. Aí começa a viver uma mentira que se transforma em uma bola de neve de insegurança e medo. Claro que é sua escolha se esconder, mas é tão claro (ao menos sobre meu ponto de vista, meu julgamento, para usar uma palavra mais correta) que ao admitir certas coisas, você vai ser sentir melhor por algo muito simples que é a conquista de certa liberdade. E, num mundo nada democrático como o nosso, se agarrar a um simples fio de liberdade, que seja, pode fazer muita diferença.
Como Antoine de Saint-Exupery disse, certa vez:
Algo que sei é que uma das liberdades é a liberdade da mente.
Citação: música do The National, Fake Empire.

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