não consigo achar minha mente

E aquela velha história das escolhas.
Você as faz, pensando nelas ou não. As vezes faz com um bom planejamento, avaliando os lados de cada caminho que pode tomar. Na maioria das vezes, porém, só escorrega em algum lugar e acaba em um mesmo - ainda que resultado de uma série de ações, corrigindo, escolhas de ações.
O que te leva a essas escolhas é produto de outra escolha - uma escolha psicológica, que não pode ser definida em uma ou outra, e sim um estado de espírito que você decide por se aprofundar e tal estado se torna o viés de uma série de medidas que você toma para perpetuação desse contrato mental que você fez com si mesmo.
Ideológico ou não, fiel a si mesmo ou costumeiro traidor, estúpido seguidor ou independente conhecedor, é só um padrão - temos que seguir um, sempre, é o comum. Não tem essa de espontaneidade, no sentido de que sempre seguimos algum instinto que, como animais racionais, não é apenas pueril e "animal" - quase uma infelicidade de se pensar quando todos parecem agir com o lado mais estúpido da mente racional (que é a capacidade de ignorar).
Em qualquer ramo seguido, há constante perigo de evitar o que é atípico ao padrão firmado, quer dizer, não é exatamente um perigo, é uma certeza - se é um padrão, não é mesmo?.. é por ele que seguimos.
O perigo não é nem qual padrão psicológico lhe torna mais agradável/confortável para escolha, e sim de como tal se adapta.
Pode ser muito exclusivo, fechá-lo, matar oportunidades à revelia da acomodação; ou o próprio padrão pode ser de procura, de inconstância.

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O que poderia eu escrever sobre em tempos de psicologia barata e quando a pretensão é abraçada com força pelos adolescentes irritantes (e intelectualmente tão vazios quanto um jogador de futebol comum) do hoje?

Citação: The Cramps - Can't Find my Mind

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