E, em retrospectiva, não parece infundado. Se assemelha mais a uma linha de ação inevitável que transcorre de uma corrente de pensamentos dominantes que nunca, nunca me abandonaram, e que sempre marcarão toda as minhas atitudes dentro de um panorama que apenas me pertence. A questão de ser ou não benéfico perde importância ao chocar-se com o caráter pessoal e intransferível, e não há nada que qualquer ser vagante possa fazer para mudar - e nada em que eu possa contribuir, e pode parecer difícil para externo entendimento, mas... é como as coisas são.
Mas, aos meus surpresos e inexperientes olhos, vejo com surpresa toda a mudança que estão não exatamente moldando - pela velocidade de mudança - mas que vão traçando diferentes e incongruentes vontades que no fim se tornam harmônicas, participando em ode de algo maior - minha personalidade, a construção da identidade. Posso olhar como silencioso esses últimos tempos, mas o barulho se manteve estável apenas no sentido de seu estrondoso movimento dentro de mim, e o acolhi porém abrandei, mas sei que, no próximo período de combustão, provavelmente virá maior, mais denso - e o processo continuará, como tem que ser, como quero que seja.
Parado, nunca estive, por mais que minhas ânsias juvenis me deixassem a deriva de tal impressão. E, na realidade, não me senti mal enquanto afundado em pensamentos oscilantes nesses tempos de pausa, nesses momentos de, digamos, vácuo sentimental - pelo contrário, talvez tenha sido de maior fluidez pessoal, e de grande aproveitamento. E incrível essa dita lacuna - e seu significado literal não deve ser levado a sério nesse registro -, incrível seu grau de contribuição para as tão necessárias reflexões e inflexões, e a tristeza proveniente desta foi igualmente ou até ainda mais fundamental para tal.
E o motor continua, e as expectativas suavizam porque nem são mais necessárias, até porque a maturidade se choca com o exagero dessas. E vou me preparando.
Citação: do romance de John Fante, Ask the Dust.
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