Como se eu conseguisse me portar indiferentemente. Como se eu pudesse ignorar tudo isso, ignorar toda a minha mágoa e ressentimento e apenas fingir estar tudo bem. Não que não consiga fazer isso, mas o tempo de boa atuação é limitado. Busco alternativas e soluções; busco mudança e busco outros ares. O tempo passa vagarosamente porém passa sem se deixar percebido, apenas debitando suas contas depois de ter sido perdido. Ele lembra, com as estações, que não foi aproveitado com o ardor que deveria, que não está sendo... deixa-se penar pela nostalgia que afunda e que ao menos rende algumas risadas verdadeiras, aquelas escassas. Nada é tão terrível, apenas o nonsense do desestímulo, do desânimo, que ecoa desestruturando qualquer vontade, desestruturando qualquer ação que libere possibilidade. Ecoa distorcendo a linha mais para o pessimismo, descendo ela para outros baixos.
Como se eu soubesse de verdade de tudo o que deveria saber, como se me desse conta da autenticidade do que ando sentindo. Anseio por saber se tudo é extremismo meu, se gosto do que as vezes penso gostar, se tudo não passa da ilusão da força. Ilusão da falta. Me desfoquei, me tirei dos trilhos, e, quando escrevo afirmando que eu que fiz isso, confirmo minha culpa - tenho conhecimento dela.
Como se quisesse estar assim...
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