O celular não tocava há muito tempo e aos poucos ia perdendo sua função. As músicas depressivas que ouvia não o deixavam mal por causa da recorrente lembrança de alguém específico, e mais porque não havia ninguém específico para ser lembrado. Não via mais muitos motivos para fazer qualquer coisa. Mesmo que aparentemente estivesse bem, seus ataques bipolares do nada o afastavam de todos ao seu redor porque ficava irritado com eles, suas vozes, ações. E no fim é melhor se afastar e evitar conflitos do que deixar todos irritados, não é... o problema era que, toda vez que saia em passos rápidos para escapar de todos e sentava, pensativo, com a música, perpetuava um isolamento que no fim nem lhe faria bem.
E cada vez que esse sentimento se repetia, mais chato ele era, mais insuportável tudo ficava... e a falta de alguém perto dele, ou mesmo um forte sentimento, piorava ainda mais a situação.
Citação: Jay Brannan - Unstable Boy
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