who will connect me with love?

Outra saída para outro cigarro. Manhã nublada, ameaçando chuva, vozes irritantes ecoando por sua cabeça. Sentia-se cerceado de atividades e o acúmulo dessas era inerente; não sentia vontade de fazer nenhuma delas. Não estava conseguindo se expressar com exatidão e as palavras ultimamente saíam de sua boca meio gaguejadas, assim como as palavras que se transcreviam no papel, que nada mais resultavam que esparsas sentenças que juntas não faziam sentido algum.
As situações andavam tão repetitivas, os cenários, as pessoas... ele estava assim também. Estava meio sonolento, se arrastando de ponto em ponto. Estava precisando de algo, alguém inspirador. De uma motivação aleatória, qualquer que fosse. Algo que fizesse ele quebrar sua rotina pessoal, onde se resguardava ao isolamento. Estava livre de qualquer amarra, e talvez isso por si só causasse um certo atrito, porque se sentia sozinho. Essa situação o deixava deslocado e sensível. Se sucedendo a isso, vinham sentimentos confusos e que refletiam seu desespero por alguma coisa real, sendo que a possibilidade mais aferível dessa última tinha recentemente ido embora.
O vento soprava forte, os casacos finalmente apareciam em massa pelas ruas. As estações mudam, as coisas mudam, e aquela situação se inverteria rapidamente também. E a própria expectativa da mudança já servia como inspiração.

Citação: David Bowie - Station to Station

it's just another crush and it'll go away

E aí é que suas relações pessoais caem por terra. Todo mundo parece desaparecer, e aquela velha rotina de solidão assola os dias com uma intensidade estranha. Com os fones de ouvido, observo e perco totalmente o foco. Observo casais e vejo superficialidade, não vejo muito além disso - aquele drama desnecessário, aquelas cobranças. Tudo parece meio errado. Mas queria algo pra mim assim, algo para me preocupar, para ficar pensando por aí e sorrir também. Claro que já tive isso, mas passou, e parece ter passado tão rápido - e sinto como se eu tivesse encurtado a duração.
Mas preciso de uma conexão forte com alguém. E sinto estar criando isso, mas não com quem deveria estar criando isso... de qualquer forma, é a única pessoa que pode estar próxima de alguma coisa concreta. Não me interesso muito por outras pessoas, não nesse momento. Me sinto acuado, estou mais antipático e menos social, mais amargo. Não é intencionalmente, mas talvez seja culpa minha. Vai ver eu preciso de um tempo para mim, vai ver é só (mais) um momento melancólico, vai ver é culpa da montanha-russa de hormônios adolescente. Penso em como seria se fosse menos preocupado, menos paranóico, menos medroso - e parece que me torno mais.
Se fosse uma opção viável, sairia por aí, não importa onde. E penso em uma pessoa ao meu lado fazendo isso. Mas deveria parar de pensar nisso, porque há uma probabilidade grande de que isso acabe mal... ou vai ver é só mais um pensamento covarde que vai propiciar atitudes covardes.

Citação: She Wants Revenge - Tear You Apart

what's your favorite scary movie?

Qual é seu filme assustador favorito? Em qual emissora de televisão ele está? Em qual esquina ele se encontra, ereto no chão? Foi por causa do tráfico ou bala perdida mesmo? A vista do ônibus do acidente que vitimou aquela família inteira estava boa? O motorista estava bêbado? A mídia conseguiu entrevistas com as crianças do massacre? Elas estavam chorando, fragilizadas, estavam como? Como estava a avó do garoto que morreu atropelado? Foi o pai ou a madrasta que empurrou a criança do sétimo andar? Ela é psicopata ou matou mesmo os pais sem querer? O ataque cardíaco do menino foi devido ao uso de cocaína ou ecstasy? Eles morreram assassinados ou foi pacto suicida? O travesti tentou agredir antes ou foi pura transfobia?
O filme foi trágico, sangrento demais para seu paladar ou faltou mais imagens chocantes?
Você não se cansou ainda da exploração da desgraça que te envolve? A mídia não apelou o suficiente, ou ainda falta mais um depoimento da mulher traída com outro homem?

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E atire a primeira pedra quem nunca se inflou com essa diversão sádica.

Citação: frase da franquia de filmes Pânico

qual é o problema das "crianças" hoje?

Você tem todo o direito de reclamar.
Tem o direito de reclamar dos preços, de seu peso, de sua saúde, dos políticos, de seus relacionamentos pessoais, de suas notas, de seu partido, de sua rotina, da sua conta bancária, de seus hábitos, de seu ditador, da qualidade das estradas, da falta de limpeza, de sua atividade sexual, do crescimento no número de mendigos, de vícios, da economia, de seu patrão, de seus empregados, do preço da passagem de ônibus.
Mas, com esse direito, vem um dever: o de fazer algo sobre essa reclamação, um protesto, uma tentativa de mudança. Isso vai desde uma dieta até uma manifestação nas ruas cerceada por policiais. É a básica lei de ação e efeito. Se você quer emagrecer, tem que se submeter a uma dieta e/ou exercícios. Se não quer engravidar ou pegar uma DST, tem que fazer uso de métodos de prevenção.
Se quer mudança, se reclama do atual, tem que se apoderar dos instrumentos presentes para promover essa mudança.
Reclamar é a base de qualquer melhora - mas tem de haver continuidade, se não sua reclamação vai ser apenas mais umas palavras soltas no ar. Falta força de vontade, falta incentivo, o que falta? É excesso de preguiça? Muito acomodado na frente das telas coloridas? Gostou de cair no modelo? Bom para você - pena que no fim você não ganha nada com isso. E não dá pra entender a graça de ficar parado, onde ela está?
Ninguém consegue nada apenas reclamando, apenas supliciando - talvez consiga pena, em alguns casos. E, mesmo nem sendo tão importante assim, a desistência de algo gera a desistência de outras, e, no fim, você é um ser sem ideais andando por aí sem nenhum conteúdo. Mas também é importante saber porque está se reclamando e achar meios de melhorar isso, e não apenas reclamar por reclamar e consequentemente protestar por protestar - e, ter alguma mentalidade e idéia estruturada por trás disso.
Aliás, o que aconteceu com os jovens de hoje? Nos rendemos tão facilmente assim? Estamos tão conformados assim? O que justifica esse cruzamento de braços, esse desânimo? No fundo, dá pra entender, mesmo sendo meio repugnante. Mas é só um pouco de educação de verdade (coisa que é difícil encontrar tanto em escolas públicas quanto particulares) e uma mente aberta. Buscar conhecimento.
Pesquise, escute, analise, aprenda, reclame.
Ou caia naquele conhecido ciclo vicioso.

Citação: NOFX - What's the Matter With the Kids Today?

terreno desobstruído

"Pois bem, aí está. Consumou-se. (...) O terreno está desobstruído. Limpo. Completamente limpo. E me pertence. Uma vitória tão completa e a tanto custo conseguida, de repente me traz insegurança. Assusta-me: as pontes estão cortadas atrás de mim, é preciso avançar. Criei um vácuo sob meus passos, para onde caminharei? No limiar da felicidade, por mais merecida que seja, por mais que nos tenha custado, o coração hesita; tenho medo de meus remorsos, de minhas complacências. (...) Não é bom voltar-se sobre ruínas; já não sabemos para onde vamos.
Mas não: a angústia está ligada a meu estado e de ambos me livrarei ao mesmo tempo. Esse mal-estar da alma é normal, disseram-me. (...) É preciso queimar esse passado de uma vez, como se faz com as velhas cartas, e não mais pensar nele. E continuar. No mesmo sentido"

trecho inicial de O Repouso do Guerreiro, de C. Rochefort.

dreamer, nothing but a dreamer

Céu aberto, em uma manhã morna. Uma caminhada, condizente com esse tempo agradável. Ao descer sua rua, ouvindo qualquer música otimista, observou os outros moradores dentro de suas habituais rotinas. Observou a velha senhora que sempre estava ou fumando ou acendendo o cigarro, com seu velho carrinho de compras, trazendo algumas frutas da feira. Viu o homem do frete que já fora publicamente acusado de pedofilia. Viu sua vizinha tentando espiar a casa ao lado, viu os cachorros latindo para o bêbado que fora grande amigo de seu avô alcoólatra. Uma mulher próxima da meia-idade o ultrapassa, com alguma pressa. Sua expressão é de cansaço. Um barulho de ônibus ecoa e ele consegue ouvir qualquer resmungo de raiva que saíra da boca da tal mulher - o som de seu aparelho de música estava relativamente baixo. Em seguida, crianças passam rindo e dividindo uma bala, ele diminui o passo e as observa atentamente, relacionando com algo que ele também viveu e que há tempo passou - para ele e sua juventude, ao menos, parecia muito tempo, mesmo nem sendo tanto assim. Havia algo de mágico em ver crianças rindo e brincando, sendo crianças, sem qualquer malícia ou dúvidas em seus olhos. Outras duas senhoras idosas, discutindo com fervor sobre o novo padre da paróquia, se ele era ou não homossexual - ao menos parecia, segundo a falsa loira da esquerda. A da direita se contentava com olhares sarcásticos. Carros transitavam, a maioria em baixa velocidade - dado o caráter extremamente residencial do lugar -, mas alguns teimavam em fincar seu espírito suburbano com roncos irritantes de motos e carros populares. A mulher com expressão cansada que antes estava próxima à ele agora se encontrava quase na esquina da rua, dando passos largos e decididos - provavelmente decididos a não se deixar atrasar no trabalho. Ainda se ouvia as risadas das crianças, uniformizadas e agora brincando com um cachorro. Alguns adolescentes passaram, em passos irregulares, falando alto e mascando chicletes - a idade desses deveria ser aproximada a dele, e talvez ele até conhecesse de vista, mas não era exatamente integrado socialmente ao lugar onde vivia.
É o incrível de observar, sabe. Tantas pessoas, tantos modos de vida, tantas situações, tantos pensamentos flutuando por aí. Ele estava se perdendo imaginando o que todas aquelas pessoas estavam pensando, como havia sido a noite delas, qual eram suas aflições e conquistas pessoais. É tanta riqueza de detalhes, tanta variedade, é só dar uma rápida olhada, é só parar um pouco e olhar, parece tão fácil, não? E o é, mesmo. Mas poucos o fazem, por algum motivo que soa desconhecido.
Ele caminhou mais um pouco, até um ponto mais alto onde era possível ter uma boa vista da baía. O som já estava consideravelmente mais alto. Tirou seu pequeno caderno de anotações aleatórias e escreveu qualquer coisa que estava sentindo, e começou a concluir um excelente dia que teve ao lado de si próprio... e de todo o resto.

Citação: Supertramp - Dreamer

somehow it has become unmentionable

Poderia dizer que o que mais valorizo nas pessoas é seu intelecto. Acho que quanto mais aprendo com alguém, mais consigo me aproximar e mais elementar tal pessoa se torna para mim. Não precisa exatamente ter muito conhecimento agregado, ter vontade de agregar conhecimento já é uma qualidade que valorizo bastante.
Até porque isso é necessário para o debate, para a conversa, para ter o que falar com alguém. Acho meus amigos mais próximos pessoas muito inteligentes e não é raro eu me pegar em momentos de admiração por vários deles. Aquela popular sentença que nós nos tornamos parecidos com quem nós andamos acaba que por muitas vezes sendo bastante verdadeira pois, conscientemente ou não, absorvemos estilos, sotaques, expressões corporais, opiniões e idéias (ou a falta dessas duas últimas) de quem nos rodeia. Pode não ser uma afirmação certa em todas as ocasiões, mas com o tempo acabamos nos ajustando ao nosso círculo de relações.
Fico imaginando se não tivesse conhecido algumas pessoas, se não tivesse me envolvido com algumas delas, quem teria vindo no lugar, o que teria ocorrido. Com algumas é até impossível imaginar isso, pelo modo que me atingiram e continuamente me atingem e me alteram. É difícil imaginar. Algumas me tiraram do meu espaço-comum, me levaram a novas coisas e mais novas pessoas, que nunca imaginei conhecer. Com pessoas assim entra ao meu alcance coisas que raramente aprenderia sozinho.
No fim das contas, penso em meus amigos e me sinto feliz de ter conhecido e dividido momentos tão incríveis ao lado de pessoas igualmente incríveis. Mesmo sendo difícil administrar as diferenças, é preciso aprender a conviver com elas - até porque com as diferenças se aprende bastante. E aprender com os melhores.

Citação: New Order - Thieves Like Us

simples guinada do destino

Eles se sentaran juntos no parque
enquanto o céu da tarde escurecia,
ela o olhou, e ele sentiu uma faísca
uma chama em seus ossos
sentiu-se então só e com remorsos
E desejou ter sido mais direto…
…e esperou por uma simples guinada do destino.

Caminharam ao longo de um velho canal
um pouco confusos, eu bem me lembro
e pararam num hotel estranho com uma luz de neon a brilhar.
Ele sentiu o calor da noite atingi-lo como um trem de carga
se movendo com uma simples guinada do destino.

Um saxofone ao longe, tocou
enquanto ela, pela orla, caminhou.
Enquanto a luz permeava por uma camada batida,
onde ele estava acordando,
ela acabou então jogando uma moeda ao cego no portão
e esqueceu aquela simples guinada do destino.

Ele acordou, o quarto estava vazio;
ele a procurou, mas em lugar algum a viu.
Pensou que não se importava e abriu a janela de par em par,
sentiu um vácuo interno que não conseguia absorver
resultado de uma simples guinada do destino.

Agora só ouve relógios a tiquetaquear
E anda com um papagaio que sabe falar,
persegue-a pelas docas, à beira mar;
onde marinheiros descem do convés.
Talvez ela o escolha uma outra vez…
mas, quanto tempo terá que esperar,
mais uma vez, para outra guinada do destino?

Bob Dylan - Simple Twist of Fate

I guess it's too late to become anything but my fantasies

Pode ter sido a bebida que embaralhou um pouco meus pensamentos sobre isso, ou meu mecanismo natural de defesa que vem renegando isso nesses últimos dias, onde voltei à estados melancólicos e bipolares, aparentemente sem razão.
Vai ver é que foi um tipo único de amizade, e é certeza que não vai se repetir - não da mesma maneira. Vai ver foi resultado de solidão mesmo, onde consegui ceder um pouco do meu medo da vulnerabilidade - e, surpreendentemente, não me sentia vulnerável ao seu lado. Muito pelo contrário. Me sentia seguro e livre para discutir e argumentar qualquer coisa, com alguém inteligente.
Me sinto um pouco arrependido, de não ter sacrificado mais do meu tempo pra ficar do seu lado. Mas não tenho que ficar me despindo em mágoas comigo mesmo também - mesmo que sempre acabe colocando a culpa em cima de mim. Aconteceu o inevitável, pode voltar, com a adição de uma absurda saudade, o que pode ser até benéfico, mas também não vou ficar contando e dependendo no "pode". E nem estou. Estou apenas sentindo falta, e eu realmente queria alguns minutos a mais, nesse exato momento. É difícil achar alguém assim, isso é certo. Pode ser até mais difícil largar, mas não vou me estender nisso, na distância, me sinto bem e sinto também que a tendência é essa - e, o incrível de se sentir bem, é que tudo parece melhorar, indo no mesmo fluxo.
Até porque, no fim das contas, saudades só existem porque você sente falta de algum momento bom. Momento bom que você viveu. Elas só existem por eles, pelos momentos bons que você viveu ao lado de alguém extraordinário. E porque não se sentir bem só pelo fato de ter vivido tais momentos? De ter conhecido, aprendido, dividido com pessoas assim? E não se deixar trair pelas saudades e ficar preso à elas, porque há tantos momentos bons ainda por vir e dos quais iremos sentir [quem sabe] ainda mais saudades...

Citação: Karl x Johan - Fantasies

empty bottles, spent cigarettes

Ele sentia que estava trocando algo que queria por algo que não se importava, mas ainda não tinha conhecimento disso. Sabia que não estava gostando daquilo, e sabia que estava interessado em outra coisa, mas na verdade tinha medo de saber um pouco mais e acabar tendo que romper a tênue película que envolve as aparências. Ele se sentia meio rodeado, sufocado, e, mesmo com diversas vontades, preferiu inconscientemente a retração, que no fim não lhe deu nenhum benesse, mesmo tentando forçar seus sentidos à fingirem que fora agradável. Ele ainda não sabia, mas, isso acaba sendo uma questão de tempo, porque, bom, aparências falsas não se carregam pela vida inteira, certo? Ao menos alguma hora você admite para alguém, e, querendo ou não, as aparências acabam afundando enquanto as verdades, agora podres, chegam na superfície.
Ele saiu daquele ambiente, que estava quente naquela noite amena de começo de outono. Acendera um cigarro, andando rapidamente em direção à saída da praia. O vento batia rasteiro naquele espaço, enquanto algumas pessoas estavam aglomeradas dormindo, com diversos copos as rodeando. A baía estava calma, a maré, baixa. Outro cigarro, mesmo se sentindo um pouco asfixiado. De qualquer forma sabia que a asfixia não provinha tanto do fumo quanto provinha de uma sensação que não conseguia se livrar... porque não tinha conhecimento do seu real motivo, não admitia seu real motivo.

Citação: Death Cab for Cutie - Photobooth

irracionalidade divina

Que vivemos em um país com índices altos de homicídios e crimes violentos, isso todos os brasileiros sabem. Mas o evento que se deflagrou naquela escola pública carioca nessa semana não evidencia exatamente isso, mesmo que coloque a segurança pública no âmago da questão. O que realmente evidencia - e o que poucos estão reparando - é que é um caso clássico de fanatismo. O ato covarde e incompreensível do carioca sobre as crianças em pouco difere de, digamos, um homem-bomba do Oriente Médio. Ambos agiram por meio de uma errônea noção de fé, onde sua crença se transcreveu em violência que, nas mentes transtornadas desses homens, é justificável sobre a alegação divina.
Puro e simples fanatismo religioso. Como qualquer fanatismo, é perigoso e não abre espaço para argumentação, já que fanatismo é absolutista. É como alguém, por exemplo, fanático por um artista - ele é perfeito e ponto final, sem nenhum erro, sem espaço para argumentação. Porém, com religião, é algo especialmente complicado. Religiões já ditaram e continuam a ditar o futuro de pessoas que precisam de algum motivo para viver, como se sua vida já não fosse suficiente. No religioso, elas levam as palavras que recebem na literalidade, fundamentalismo e com isso podem se encarregar de um tipo de missão divina, como se ser superior que acreditam os mandou com um trabalho.
A carta do carioca assassino evidencia esse grau de retardo, com suas referências a pessoas impuras e alegando estar agindo com base na justiça. É chocante ler algo assim, me deixa em uma grande dúvida em relação a um ser que consegue cair em tanta ignorância. A crença deixa a pessoa cega - e, cada um com seus credos, mas reserve sua fé para beneficiar a si próprio, a sua moral, e não interferir nos outros.
Não estou implicitando que é culpa de determinada igreja a tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro, mas as igrejas andam interferindo um pouco demais no nosso país laico. Você sabia que, indo a uma determinada igreja evangélica, pode se curar de AIDS ou até mesmo câncer? O extremismo religioso está por todo lado, e quem se submete a ele vai subtraindo sua racionalidade. E o resultado da perda dessa razão pode ser observado em casos como essa atrocidade ininteligível.

(não costumo escrever aqui sobre esse tipo de assunto,
mas a situação foi de um absurdo...)