Há algo inerente ao meio dia-a-dia. É ao conhecer novas pessoas e ao me encantar por elas. É ao me encontrar com alguém com quem divido sentimentos há muito tempo mas não compromisso. É ao ser abordado por uma pessoa de maniqueísta que, ao menos para mim, já tinha saído do cenário há muito tempo - mas na verdade, ainda não saiu completamente.
Sou, por definição, confuso em questões sentimentais. A realidade que insisto em defender é recompensada por insegurança em relacionamentos. Tenho medo de desagradar, me arrependo sem conseguir dizer desculpas - analiso cada movimento, como num jogo de estratégia, onde o objetivo é não magoar ninguém e ainda sair ileso. O que é quase utópico. Essa insegurança se transmite pela coberta que insisto por em que realmente estou sentindo, por meio de isolamento ou clássico fingimento mesmo. Isso nunca me ajudou em nada, mas, ainda assim, não consigo me sentir bem vulnerável, e, ainda tenho essa idéia retardada de que vulnerabilidade e insegurança são sinônimos. Acabo parecendo frio.
Não gosto de compromissos ou drama, e tendo a deixar isso bem claro. Isso acho positivo. Discuti isso no roteiro de um filme que termina e continuo defendendo a tese de que não amarras destroem relacionamentos. Tem um, não meu, que está próximo do fim e tal fim respingou em mim, com o reaparecimento de um fantasma. Aí complica. É óbvio que continua sendo não como resposta, não é mais 2009 e recusei ficar na fila dos estepes. Mas nem foi a falta de caráter [decorrente de uma fortíssima insegurança] que me surpreendeu, e sim minhas reações pessoais que sucederam.
E ainda não sei o que fazer, nem em relação à isso, que caiu como uma bomba, nem com relação à partida, nem com relação a todo o resto. Na verdade, minha própria confusão cria mais confusão... mas venho achando que preciso de alguém completamente novo, fora de tudo isso, porque essa tal transição parece nunca acabar. Sinceramente, não sei.
0 observações:
Postar um comentário